segunda-feira, 17 de maio de 2010

Ouvi dizer que o mundo acaba amanhã

25 anos.
Ouvi dizer que mais depressa do que imagino darei por mim a prantear... foi de fugida...
Como mais honroso tesouro guardo num cofre a inconsciência dos anos que um dia tarde farão inveja à própria mais do que a qualquer outra. Nada melhor do que a inconsciência pode gerar maior cobiça ainda que também ela se muna de insondáveis mantos por desvelar. Será tão infinita e insólita quanto as sucessivas subidas e descidas por assaltar.
Da tenra espinha vai germinando uma mais sólida coluna vertebral.
Na arruada parto pujada por duas bagagens em preâmbulo. A bolsa amassada do despojo passado. A bolha insuflada do bojo sonhado. Neste pacote engalanado do tempo presente é a bolsa que me compassa o caminho e é a bolha que me inclina para a frente. Seja sempre o peso da segunda superior à carga da primeira.
E são umas admiráveis bodas de prata comigo própria o que comemoro nesta segunda-feira. O moínho da convivência continuada é sempre um feito, concertando tantas estranhas inquilinas numa mesma morada.
25 anos.
Ouvi dizer que é melhor que não mais me adie a largada... não vá o relógio pregar partida...

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