sábado, 26 de setembro de 2009

Não, obrigada.

Nisto de viver e aprender parece haver também uma cultura, esta não emergente e nem sequer contemporânea, mas de uma persistência quase perversa e transversal aos tempos.
- É preciso ser duro e ser esperto.
Adjectivos pouco eloquentes de uma filosofia, também ela, pouco inteligente.
A premissa da acção, da imposição, da sobreposição, a astúcia rasa de um qualquer "salve-se quem puder" que devia ser tão inútil em sociedade, para os cretinos, como para os ratos em alto-mar.
A insensibilidade ao trauma sob a forma de um qualquer penso rápido com espinhos e a ditadura do sofrimento - próprio e, sobretudo, alheio - como um éter de anestesia, um meio para um qualquer fim já de si vazio de todos os conteúdos e anti todos os fundamentos de civilidade.
Os atalhos criados como uma rede secundária aos caminhos da educação, da boa formação, da elegância e da cordialidade serão vias rápidas para todos os becos em que otários e arrogantes se encontram sem saída.
Se o labirinto da civilização e da sociabilidade se funde no eixo em que, sem ofensa para os bichinhos, os humanos se transformam em animais...
Não, obrigada.

Sem comentários:

Enviar um comentário