segunda-feira, 9 de maio de 2011

Entre mis recuerdos

Lembro-me do quintal, das tardes de chuva e das tardes de sol. Lembro-me das árvores, durante uns tempos abastadas, noutras alturas despidas. Entre as duas casas, sempre a passadeira de cimento irregular, umas vezes percorrida à pressa, outras vezes devagar. E, na fachada da minha casa, acima da soleira da porta, um candeeiro. Uma lâmpada de luz metida numa campânula de vidro mal enroscada onde alguns insectos repousam. A luz fica sempre acesa durante a noite, não vá alguém precisar.
Já houve tempos quentes, outros tempos mais frios. Já houve dias que seguiram noite adentro, já houve noites que terminaram de manhã. Umas vezes com o mundo abastado, outras vezes despido. Entre mim e a minha casa, sempre uma passadeira de cimento irregular que percorro com a religiosidade de um rito qualquer. Na fachada, sobre a soleira da porta, o candeeiro. A luz acesa da minha campânula, a lâmpada da minha existência mal enroscada. Vou sempre precisar.

4 comentários:

  1. Vamos sempre precisar...

    :)

    ResponderEliminar
  2. Fenomenal, precisamos sempre de uma luz, principalmente a luz de um amigo........ Beijo enorme!

    ResponderEliminar
  3. Aninha,

    Sempre, sempre, sempre. :)

    BEIJO,
    Ana Rute

    ResponderEliminar
  4. Cristina,

    Obrigada!
    Nas noites escuras, haja uma porta para onde correr...

    BEIJO,
    Ana Rute

    ResponderEliminar