terça-feira, 7 de junho de 2011

Um contra o outro

Um dia ouvi falar sobre um certo provérbio árabe. Diz ele que o beduíno deve ir sempre sobre o camelo. Se o beduíno não conseguir domar o camelo, é bem capaz deste se empoleirar às suas costas. Tenho para mim que estas palavras encerram uma verdade fundamental, a necessidade absoluta de que cada coisa ocupe o seu lugar. Cada coisa e cada pessoa no seu lugar, sendo claro que, a todo o tempo, devamos tomar as rédeas do máximo número de pressões que podem vir a acumular-se no nosso dorso. Pensando bem, talvez haja momentos em que o mundo não seja muito mais do que isso mesmo. Um imenso deserto onde uns quantos beduínos se desdobram para refrear outros tantos camelos.
Eu própria, afinal, prossigo assim. Encavalitada no dromedário das minhas incertezas. Evitando que as forças se invertam, talvez possa avistar um oásis.

2 comentários:

  1. Desejo sinceramente que consigas alcançar o teu oásis... Encavalitada no dromedário ou desgarrada dele...

    * Beijinho do tamanho do mundo

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  2. Aninha... obrigada! :)
    Quando o mundo se enche de dromedários, não alimento outro desejo senão o de me desgarrar...
    Procurarei aqui, incessante, o meu oásis.

    *Beijo, beijo, beijo para ti.

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